O festival Doce Maravilha terá sua 1ª edição com Nelson Motta na construção de um line up único. Saiba mais sobre esse processo.
O festival Doce Maravilha está chegando com a proposta de ser a festa da música brasileira. O line up do festival que tem curadoria de Nelson Motta, está especial e conta com shows de diferentes gêneros musicais e muitos encontros inéditos (e re-encontros) entre artistas de diferentes gerações da música brasileira. Nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Baiana System, Emicida, Maria Rita, João Gomes, Vanessa da Mata, Liniker e Péricles estão presentes no line.
Para quem não sabe, Nelson Motta é escritor, jornalista, compositor, roteirista, curador e produtor musical. Aos 78 anos de idade, é testemunha ocular de grandes histórias da cultura brasileira. Nelson já trabalhou na composição e produção de músicas para artistas como Lulu Santos, Rita Lee, Elis Regina, Erasmo Carlos e muitos outros importantes nomes da música brasileira. Além de ter escrito best sellers como “Noites Tropicais” e “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”.
O Mapa dos Festivais conversou com ele sobre a experiência de construir um line up como esse para a primeira edição de um festival – que já está com um dia de evento esgotado, claro, graças a grade de shows. Leia a entrevista completa abaixo:
MDF: Considerando a sua história na música, como foi ser chamado para fazer o line up do Doce Maravilha? Essa será a primeira edição, como é colaborar com um festival que foi pensado do zero?
NM: Uma doce maravilha hahahaha… Foi um reencontro com o velho amigo e parceiro Luiz Oscar Niemeyer, sobre um projeto nosso com um conceito parecido que imaginamos fazer no Forte de Copacabana, foi o início de tudo, só que agora no cenário certo, na hora certa. Bacana foi misturar a experiência dos veteranos com o frescor dos jovens Luiz Guilherme Niemeyer e Rodrigo Tavares, da Mangolab, para um line up de sonho coletivo.
MDF: Como fazer um line up que se diferencia dos demais em uma onda de festivais como estamos vivendo agora? O fato do festival ser no Rio de Janeiro, na Marina da Glória, fez diferença na hora de você pensar no line up?
NM: Ah, modestamente, a originalidade sempre foi o nosso forte hahahaha desde Saquarema 1976 e Hollywood Rock, Dancin’Days, Noites Cariocas… Sempre apostamos na diferença, se não é melhor nem fazer. Sempre acreditei que a maior qualidade da música brasileira era a diversidade, é o que vai rolar. O cenário muda tudo, torna diferente e insuperável. Veio para ficar.
MDF: Como é fazer esse jogo entre artistas mais consagrados e artistas novos?
Tranquilo. Todos sempre ficam excitados, mestres e aprendizes, pela troca de admiração e afeto, todos ficam nervosos, querendo agradar seu par, todos ganham – principalmente o público, pela oportunidade única de uma performance.
MDF: O line up é todo formado por parcerias ou shows especiais, essas propostas diferentes vieram a partir da curadoria ou os artistas já tinham essas ideias prontas?
NM: Vieram de muita gente, foram se transformando, se adaptando a datas, a alternativas, surgiram novas ideias com o trem andando, como Emicida e Maria Rita, foi mesmo uma doce maravilha de experiência, com tanta liberdade e ousadia, e ver tudo se encaixando.
MDF: Qual foi a coisa mais legal que você ouviu/leu quando o público teve acesso ao line up do Doce Maravilha?
NM: Ah, ver como tocou gente de várias gerações e lugares diferentes, como antes mesmo do festival começar o line up já ser aplaudido é mais que o dever cumprido, é prêmio de merecimento.
O Doce Maravilha acontecerá nos dias 12 e 13 de agosto, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Para mais informações, acesse aqui.
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